Fronteiras do Pensamento é um projeto cultural que traz ao Brasil conferencistas internacionais para abordar a temática da contemporaneidade. Para democratizar o acesso ao conhecimento e revisitar as ideias dos conferencistas, os canais digitais do projeto oferecem centenas de vídeos – com legendas em português, espanhol e inglês –, além de artigos, notícias e entrevistas para refletir, comentar e compartilhar
Através de cuidadosa curadoria, o projeto analisa o pluralismo das abordagens e do rigor acadêmico intelectual e escolhe os conferencistas que têm, em comum, premiações pela excelência teórica ou pela capacidade de transformar a sociedade. Descobertas científicas, pesquisas sociais, soluções sustentáveis, teses filosóficas, influência na forma de pensar e traduzir o mundo, ativismo e liderança política ou social são alguns dos temas debatidos a cada temporada do Fronteiras do Pensamento.
O projeto cultural Fronteiras do Pensamento foi concebido em Porto Alegre, no ano de 2006. Em 2007, primeira edição, nomes como Christopher Hitchens, Jorge Castañeda, Luc Ferry, Michel Maffesoli e Michel Houellebecq subiram ao palco do Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e renderam projeção nacional ao Fronteiras.
Em 2008, a capital gaúcha recebeu 25 conferencistas. Dentre eles, Edgar Morin, David Lynch, Philip Glass e Wim Wenders. No mesmo ano, o projeto estendeu seu formato presencial a Salvador. 2009 foi o ano de Eric Maskin, Howard Gardner, Steven Pinker e Tom Wolfe. Dos dez conferencistas da edição de 2010, destacam-se Carlo Ginzburg, Daniel Dennett, Daniel Cohn-Bendit e Mario Vargas Llosa, que veio ao Fronteiras poucos dias após ter recebido o Nobel de Literatura. Até 2011, o Fronteiras já somava 98 convidados internacionais presentes no território brasileiro. Naquele ano, as temporadas passaram a ocorrer, também, em São Paulo. A série especial seguiu acontecendo em Salvador e chegou a Florianópolis. 2011 marca o retorno de Edgar Morin e Luc Ferry ao projeto, além da presença de Fredric Jameson, Garry Kasparov, Mohsen Makhmalbaf, Orhan Pamuk e Shirin Ebadi.
Em 2012, o Fronteiras recebeu o egípcio Mohamed ElBaradei, Nobel da Paz, e o indiano Amartya Sen, Nobel de Economia. Ainda, o escritor moçambicano Mia Couto, o urbanista colombiano Enrique Peñalosa e o filósofo britânico Simon Blackburn, dentre outros nomes como Vandana Shiva e Susan Greenfield.
Em 2013, sob a temática Ideias fazem diferença, o projeto trouxe ao Brasil 24 convidados. Dentre eles, o neurocientista português António Damásio, o Prêmio Nobel da Paz José Ramos-Horta e o sociólogo espanhol Manuel Castells.
Em 2014, para "capturar algumas das grandes ideias no campo da estética, da filosofia, que anunciam as mudanças e transformações da nossa sociedade"*, o Fronteiras levou aos seus palcos escritores, filósofos e físicos sob o conceito A reinvenção do mundo.
Em 2015, sob a temática Como viver juntos, Porto Alegre e São Paulo receberam Richard Dawkins, Jimmy Wales, Fernando Savater, John Gray, Saskia Sassen e Richard Sennett. Houve uma diferença na programação anual das capitais: enquanto Porto Alegre recebeu Valter Hugo Mãe, Suzana Herculano-Houzel e Janette Sadik-Khan, São Paulo assistiu às conferências de Ferreira Gullar, Camille Paglia e Joseph Stiglitz, que compartilharam com o público suas pesquisas e teorias sobre alguns dos eixos da sociedade contemporânea.
Em 2016, com o tema A grande virada, o projeto celebrou uma década de existência e trouxe ao país Michel Houellebecq, Pierre Lévy, Jan Gehl, Ian McEwan, o filósofo alemão Peter Sloterdijk, Élisabeth Roudinesco, o Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa, Francis Fukuyama entre outros grandes nomes.